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Mostrando postagens de abril, 2011

poema

 mãos do avô -   Nunca voltará a ver minhas mãos da mesma maneira Meu avô, com noventa e tantos anos, sentado débilmente no banco do jardim, não se movia. Estava cabisbaixo olhando suas mãos. Quando me sentei ao seu lado, não notou minha presença , o tempo passava, então lhe perguntei se estava bem. Finalmente, sem querer incomodá-lo, mas querendo saber como ele estava, lhe perguntei como se sentia. Levantou sua cabeça, me olhou e sorriu. “Estou bem, obrigado por perguntar”, disse com uma forte e clara voz. Não quiz incomodá-lo avô, mas estavas sentado aqui simplemente olhando suas mãos e quiz ter certeza de que estivesse bem, lhe expliquei. Meu avô me perguntou: “Alguma vez voce já olhou suas mãos? Quero dizer, realmente olhou suas mãos?” Lentamente soltei minhas mãos das de meu avô, as abri e as contemplei. Virei as palmas para cima e loga para baixo. Não, creio que realmente nunca as havia observado. Queria saber o que meu avô queria dizer-me. Meu avô sorriu, e me contou...

poema- mologo das mãos

MONÓLOGO DAS MÃOS - Ghiaroni (imortalizado por Procópio Ferreira). Para que servem as mãos? As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever...... As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário; Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena; foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos David agitou a funda que matou Golias; as mãos dos Césares romanos decidia a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte! Foi com as mãos que Judas pos ao pescoço o laço qu...

LUIS DE CAMÕES

O gênio maior de nossa língua foi melancólico. Como o catarinense Cruz e Souza, que assim termina, na duodécima quadra, a poesia “Tristeza do Infinito”: “Ah! Tristeza imponderável! Abismo, mistério aflito, Torturante, formidável… Ah! Tristeza do Infinito!”

poema de Luis de Camões

                                                        “Que dias há que na alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei porquê”.                                                               ( Camões)