poema
mãos do avô - Nunca voltará a ver minhas mãos da mesma maneira Meu avô, com noventa e tantos anos, sentado débilmente no banco do jardim, não se movia. Estava cabisbaixo olhando suas mãos. Quando me sentei ao seu lado, não notou minha presença , o tempo passava, então lhe perguntei se estava bem. Finalmente, sem querer incomodá-lo, mas querendo saber como ele estava, lhe perguntei como se sentia. Levantou sua cabeça, me olhou e sorriu. “Estou bem, obrigado por perguntar”, disse com uma forte e clara voz. Não quiz incomodá-lo avô, mas estavas sentado aqui simplemente olhando suas mãos e quiz ter certeza de que estivesse bem, lhe expliquei. Meu avô me perguntou: “Alguma vez voce já olhou suas mãos? Quero dizer, realmente olhou suas mãos?” Lentamente soltei minhas mãos das de meu avô, as abri e as contemplei. Virei as palmas para cima e loga para baixo. Não, creio que realmente nunca as havia observado. Queria saber o que meu avô queria dizer-me. Meu avô sorriu, e me contou...