DESABAFO DE UM PROFESSOR INDIGNADO
Comportamento inadequado!
Comentário sobre o artigo abaixo
De acordo com cientistas do
comportamento humano a agressividade é um meio de proteção natural como é possível
ver no artigo abaixo,porem quando essa agressão verbal ou física ocorre sem
razão de ser em um determinado ambiente,ou
seja gratuitamente e com o objetivo de prejudicar terceiros é porque a coisa já
está tomando dimensões bem mais serias,é possível perceber também em alguns
casos,é claro toda regra há exceção ,que isso se dá também pelo fato da
permissividade familiar,em alguns casos pela falta de limites impostos pela família
e pela educação falha dos pais,tudo que diz respeito ao comportamento humano há razões as vezes
até genéticas como mostra o artigo abaixo.
As pessoas que vivem ao redor de indivíduos com esse comportamento
inadequado não tem que pagar a conta dos
outros, pois é interessante prezar por
uma regra clara e correta que diz:”Nossos diretitos terminam onde os dos outros
começam”.
Ter noções de direitos e deveres
como seres humanos e saber os nosso limites enquanto ser social que vive em comunidade
é uma obrigação dos pais de internalizar no individuo essa consciência para que
a criança não se torne um adulto ególatra
e para que nossa sociedade conhecendo o papel de cada um torne-se uma sociedade
isenta de violência.
Não só os professores devem ler este texto,mas sim os pais.
Todos os dias nós professores somos expostos a pessoas sem limites que tentam burlar as regras,humilhar-nos, boicotá nosso trabalho como se trabalhássemos apenas para uma só pessoa,temos o direito ao respeito mutuo,não apenas nós temos que respeitar, como se apenas nós tivéssemos deveres e os pais tem a obrigação de colaborar com a escola nesse aspecto,agir com sensatez e não ignorar as transgressões dos filhos, esperando que um milagre ocorra do nada e o seu filho simplesmente escolha quando deve parar,nós professores temos a nossa responsabilidade de não perder o controle de turma por um simples capricho de um aluno,nós temos a nossa auto-estima,o nosso amor a profissão,não queremos estar em sala de aula para sermos vitimas dos caprichos destas crianças sem limites,queremos desempenhar o nosso trabalho que arduamente nos propomos a fazer após anos de estudo e dedicação na universidade, pois também somos pais e também temos filhos, queremos apenas passar para eles algo que mesmo que o valor do nosso salario fosse altíssimo ainda assim o valor não seria suficiente ,pois passar algo de mais precioso que o ser humano pode oferecer não tem preço "CONHECIMENTO".
QUEREMOS RESPEITO!!!!!!!!!!
“É preciso educar as crianças para não ter que punir os
homens”
(Socrates)
Agressividade e psicanálise
Por: Wagner
A Agressividade é
constitucional e necessária para auto conservação e conservação da espécie,
porque possibilita nos posicionarmos nas situações e construirmos coisas. Ela
está relacionada à ação
Todos os seres
humanos (e inclusive os animais) trazem consigo um impulso agressivo.
A agressividade é
um comportamento emocional que faz parte da afetividade de todas as pessoas.
Portanto, é algo natural.
Nas sociedades
ocidentais, bastante competitivas, a agressividade costuma ser aceita e
estimulada quando esta vale como sinônimo de iniciativa, ambição, decisão ou
coragem.
A agressividade é
um tipo de comportamento normal que se manifesta nos primeiros anos de vida.
Na infância, a
agressividade é uma forma encontrada pelas crianças para chamar a atenção para
si. É uma espécie de reação que adquire quando está à frente de algum
acontecimento que faz com que se sintam frágeis e inseguras.
Na fase adulta, a
agressividade se manifesta ainda como reação a fatos que aparentemente induzem
o indivíduo à disputa e ainda a sentimentos.
A agressividade é
uma qualidade natural, humana ou animal, que tem a função de defesa diante dos
perigos enfrentados e dos ataques recebidos.
Agressividade e
medo são emoções fundamentais na sustentação de processos decisórios.
A agressividade é
uma forma de nos protegermos, de dar limites, em família ou no trabalho.
A ação está na
agressividade, e a reação na violência.
Classificação da
agressividade humana
1º.Agressão hostil
(hostilidade)
Agressão hostil é
emocional e geralmente impulsiva. É um comportamento que visa causar danos ao
outro, independentemente de qualquer vantagem que se possa obter. Agressão
hostil quando, por exemplo, um elemento que conduz um veículo colide propositadamente
na traseira do automóvel que o ultrapassou. Este comportamento só trouxe
desvantagens para o próprio: tem de pagar os danos do seu carro, do carro do
outro condutor, podendo ainda vir a ter problemas com a justiça. O termo raiva
pode designar esse sentimento em oposição à agressão premeditada.
2º.Agressão
instrumental
É aquela em que é
planejada visa um objeto, que tem por fim conseguir algo independentemente do
dano que possa causar. É, freqüentemente, não impulsiva. Como exemplo de
agressão instrumental: o assalto a um banco; pode ocorrer no decurso da ação
uma agressão, mas não é esse o objetivo. O seu fim é conseguir o dinheiro, a
agressão que possa surgir é um subproduto da ação.
3º.Agressão direta
O comportamento
agressivo dirige-se à pessoa ou ao objeto que justifica a agressão. Na agressão
sexual o objeto almejado confunde-se com o motivo da agressão na categoria
acima descrita. Os motivos fúteis opõem-se à defesa da vida como critério de
gravidade do ato agressivo.
4º.Agressão
deslocada
O sujeito dirige a
agressão a um alvo que não é responsável pela causa que lhe deu origem. Em
animais também se observa esse mecanismo de controle dos impulsos agressivos.
5º.Auto-agressão
O sujeito desloca a
agressão para si próprio. Ex: Suicídio, auto mutilação.
6º.Agressão aberta
Este tipo de
agressão, que se pode manifestar pela violência física ou psicológica, é
explicita, isto é, concretiza-se, por exemplo, em espancamentos, ataques à auto-estima,
humilhações.
7º.Agressão
dissimulada
Este tipo de
agressão recorre a meios não abertos para agredir. O sarcasmo e o cinismo são
formas de agressão que visam provocar o outro, feri-lo na sua auto-estima,
gerando ansiedade. A teoria psicanalítica tem como explicação desta forma de
agressão a motivação inconsciente.
8º.Agressão inibida
Como o próprio nome
indica, o sujeito não manifesta agressão para com o outro, mas dirige-se a si
próprio. O sentimento de rancor é um exemplo desta forma de expressão da
agressão. Algumas teorias psicológicas têm a agressão inibida como causa de
diversas doenças psicossomáticas. O grau mais severo do rancor pode ser
designado por ódio, contudo ainda não existe um consenso para essa
terminologia.
Origens da
agressividade
"Amor e ódio
constituem os dois principais elementos a partir dos quais se constroem as
relações humanas. Mas amor e ódio envolvem agressividade. Por outro lado, a
agressão pode ser um sintoma de medo. [...] De todas as tendências humanas, a
agressividade, em especial, é escondida, disfarçada, desviada, atribuída a
agentes externos, e quando se manifesta é sempre uma tarefa difícil identificar
suas origens”.
Winnicott, 1939.
PESSOA AGRESSIVA
Definindo dentro de
um parâmetro psicológico, a pessoa agressiva patológica (processos neuróticos
infantis) é aquela que reage a todo acontecimento, como se fosse uma
competição, contenda ou disputa na sua leitura mental.
A disputa passa a
reinar na alma da pessoa; e se fizermos um levantamento da história do indivíduo,
descobriremos que desde cedo o mesmo se esforçou em demasia para não vivenciar
a experiência da exclusão.
Devastadora é a
crítica para estas pessoas. Esta definição contempla os aspectos negativos do
fenômeno.
A agressividade é
um divisor de formas de conduta ou personalidade, pois o oposto é uma pessoa
que vive em lamúria ou autocomiseração.
Já os agressivos
têm uma precipitação de reações ou sentimentos.
A sociedade amplia
o conceito de agressividade, considerando que a própria sinceridade e autenticidade
são resultados da mesma.
AGRESSIVIDADE E
CRESCIMENTO
Fundamental é a
agressividade para o crescimento e conquista do espaço pessoa, sinal de que não
se esta sendo passivo frente às imposições do social e dos outros.
A agressividade não
é sinônima de falta de amor. Desta forma, casais que se amam podem ter momentos
de agressividade, sentir raiva, ódio e vontade de ficar longe por alguns
instantes sem que isso signifique que não se gostam.
AGRESSIVIDADE X
NORMALIDADE X PATOLOGIA
A agressividade é
um tipo de comportamento normal que se manifesta nos primeiros anos de vida.
A agressividade é
uma forma encontrada pelas crianças para chamar a atenção para si. É uma
espécie de reação que adquire quando está à frente de algum acontecimento que
faz com que se sintam frágeis e inseguras.
Na fase adulta, a
agressividade se manifesta ainda como reação a fatos que aparentemente induzem
o indivíduo à disputa e ainda a sentimentos.
A criança quando
agressiva tenta despertar nos pais ou responsáveis os sentimentos internos que
esses não conseguem perceber.
Muitas vezes as
crianças são rotuladas e castigadas pelo comportamento, porém é importante
conhecer primeiramente as suas causas, para que se aplique algum tipo de
manifestação relacionada à agressividade. O adulto, por sua vez, quando
agressivo reage precipitadamente a qualquer tipo de acontecimento, o que
possivelmente causa traumas inesquecíveis. Também age como forma de depositar
sentimentos negativos como raiva, inferioridade, frustração e outros.
Por ser um
comportamento normal que se inicia na infância e que pode permanecer ou não
durante o amadurecimento do ser humano, existem terapias que auxiliam o
agressor a controlar sua reação impulsiva diante dos acontecimentos que lhes
parecem desafiadores. Tal reação deve ser estudada por um profissional e
controlada por quem a possui, pois pessoas agressivas normalmente não conseguem
conviver com outras pessoas.
COMPORTAMENTO
AGRESSIVO
O Comportamento
Agressivo consiste na defesa dos direitos pessoais e expressão dos pensamentos,
sentimento e opiniões de uma maneira inapropriada e não positiva que transgride
os direitos das outras pessoas.
O objetivo habitual
da agressão é dominar as outras pessoas. A vitória assegura-se por meio da
humilhação e da degradação. Trata-se, em último caso, de que os outros sejam
mais débeis e menos capazes de expressar e defender os seus direitos e
necessidades.
O comportamento
agressivo é o reflexo de uma conduta ambiciosa, que tenta conseguir os
objetivos a qualquer preço, inclusivamente se isso supõe transgredir as normas
éticas e pisar os direitos dos outros. As conseqüências deste tipo de
comportamentos são sempre negativas e as vítimas destas pessoas acabam, mais
cedo ou mais tarde, por se sentir ressentidas e evitar a pessoa agressiva.
Comportamento
agressivo tem influência genética
Estudo conduzido
por Juergen Hennig, PhD, contribui para o aumento de evidências que o tipo de
comportamento agressivo que nós consideramos psicopático ou sociopático tem
algumas bases genéticas que podem envolver níveis anormalmente baixos do
neurotransmissor serotonina. Mais uma vez, polimorfismos do gene aparecem para
influenciar diferenças individuais.
Componentes específicos
de agressão em 58 participantes pareceram relacionados ao alelo U (variação) de
um gene chamado TPH, um marcador que deve estar ligado a outro gene ainda
desconhecido. Henning diz, "ligação significa que ambos os genes são
transmitidos juntos, pois estão bem próximos no mesmo cromossomo”.
Os pesquisadores
mediram genótipos apelidados de AA, AC e CC. O genótipo "AA" estava
associado com os índices mais altos de agressão, enquanto o genótipo
"CC" estava associado com os índices mais baixos.
Usando outra amostra
de 48 homens, os autores também validaram a distinção entre "hostilidade
neurótica" e "hostilidade agressiva", esta última mais violenta
e sem sentimento de culpa. Os autores dizem que sua descoberta enfatiza o valor
de distinguir entre os diferentes aspectos de agressão.
Finalmente, apenas
os homens "agressivamente hostis" liberaram índices altos de
cortisol, o hormônio chave do estresse, depois de tomar uma droga
antidepressiva que torna a serotonina mais disponível no cérebro.
Os autores especulam
que, depois de serem privados de serotonina, os receptores neurais desses
homens estavam sensíveis e reagiram além do normal, em parte por produzirem
cortisol extra.
Juntando as três
descobertas, Henning conclui que, "Nós descobrimos que os polimorfismos do
gene contribuem para a variação que pode ser encontrada nos testes
neuro-endócrinos e questionários de personalidade em indivíduos saudáveis. Isso
demonstra que certos aspectos de comportamento relacionam-se a sistemas
biológicos, tais como os sistemas neurotransmissores”.
COMPORTAMENTOS
AGRESSSIVOS X PAIS.
AGRESSSIVOS X PAIS.
A ausência de
limites, a tolerância excessiva dos pais, a falta de tolerância perante
frustrações, violência física ou emocional, ausência de carinho são fatores que
provocam comportamentos agressivos, porém é interessante observar também se a
criança não está passando por um momento de transformação em sua família, como
separação dos pais, ganho ou perda de novos membros na família, seja por
nascimento de irmão ou morte de alguém querido.
AUTISMO E AGRESSIVIDADE
O autismo não causa
agressividade. Qualquer pessoa pode se tornar agressiva seja ela autista ou
não. Deve-se investigar em cada caso o que estaria mantendo a agressividade,
pois, mais uma vez, nenhum comportamento vem do nada!
INVESTIMENTOS BANCARIOS
X AGRESSIVIDADE
As instituições
Bancárias sugerem agressividade ao investidor e lista motivos para se preferir
as ações.
VIOLÊNCIA X
AGRESSIVIDADE
A agressividade é
uma qualidade natural, humana ou animal, que tem a função de defesa diante dos
perigos enfrentados e dos ataques recebidos.
A violência nos
relacionamentos humanos, a agressividade desequilibrada, fora das situações de
perigo, acontece fora e dentro das famílias. É uma reação ao sentimento
interior de frustração, de carência, de incapacidade de amar, que desencadeia
comportamentos destrutivos, diante da privação ou impossibilidade de satisfazer
nossas necessidades naturais e atingir nossas motivações.
Todos nós temos
necessidades naturais – de alimentos (fome), de líquido (sede), de sono, de
repouso, de atividade produtiva, de gostar de si mesmo (auto-estima), de afeto,
de aprovação social, de independência, de realização… Essas necessidades
naturais criam motivações dentro de todos nós, que se apresentam como anseios,
ideais ou desejos, que buscamos satisfazer o tempo todo – o nosso desejo de
felicidade e paz, o desejo de saúde, o desejo de sucesso, o desejo de riqueza…
A violência, a
agressividade desequilibrada, gera um ambiente doentio, interior e exterior.
Gera medo, tensão, estresse, tristezas, ressentimentos, mágoas, culpas,
inseguranças… Sentimentos que estão na origem da grande parte das doenças
físicas.
Agressividade é
constitucional e necessária para auto conservação e conservação da espécie,
porque possibilita nos posicionarmos nas situações e construirmos coisas. Ela
está relacionada à ação.
A violência é
sempre uma reação por algo passado ou presente. Por exemplo, no desenvolvimento
da criança ela pode sofrer abusos, espancamentos, maus tratos, etc. Mais tarde
frente a determinados fatos ela pode ter uma reação, muitas vezes inconsciente,
expressando uma violência desmedida frente a situação. Muitas vezes dependendo
do que o individuo é submetido, ele pode apresentar uma reação de violência. Um
animal em cativeiro é sempre violento.
A violência é
sempre uma reação e não uma ação.
A agressividade
está ligada a autopreservação, por que temos que nos posicionar, marcar espaço
e isso é necessário para vivermos em sociedade.
Toda vez que a
violência ocorre, ela está relacionada a algum fato de submissão no passado ou
no presente.
A agressividade é
constitucional e está ligada a ação.
A violência é uma
reação e sempre está relacionada a um fato, passado ou presente.
A ação está na
agressividade, e a reação na violência.
DEPRESSÃO X
AGRESSIVIDADE
Algumas vezes,
quando deparamos com alguém depressivo, percebemos apatia e comentamos sobre
sua falta de vitalidade. Existe aí falta de "agressividade"?
Mas o que dizer de
pessoas que usam sua energia de vida para hostilizar e destruir? Estamos
tratando nesse momento de agressividade negativa, geralmente utilizada como
instrumento de expressão de sentimentos como mágoa, insegurança ou incapacidade
de lidar com as frustrações.
CRIANÇA E A
AGRESSIVIDADE
Quando pensamos em
crianças, logo associamos à imagem angelical de pureza e doçura. Por isso nos
causam grande espanto e desorientação ao ver atitudes agressivas em crianças
pequenas.
A agressividade é
uma força instintiva que como outras são inatas em todos os seres humanos.
Especialmente a criança, expressa tudo o que é mais essencial do ser humano,
uma vez que ela ainda não completou seu amadurecimento moral e intelectual, ou
seja, ela não tem recursos próprios para se relacionar com o mundo.
Assim, nas crianças
percebemos as características essenciais e instintivas do ser humano com a
agressividade, porém é individual de cada uma como e o quanto esta se
manifesta.
O seu filho revela
umas atitudes demasiadamente rebeldes, impulsivas e agressivas.
Os seus súbitos
ataques de raiva fazem-na temer pelo futuro, mas nem sempre a fúria é negativa.
Os pais não sabem muito bem o que se passa.
Os filhos andam
muito irrequietos, agressivos e parecem estar a reagir com muita arrogância.
Preocupados, os pais acham que se pode estar a passar alguma coisa e não
compreendem tanta agressividade. Embora não saiba, as crianças devem revelar um
pouco da agressividade que guardam dentro de si. Se não é saudável
guardarem-na, também não é saudável a soltarem a todo o momento, mas se esta
for equilibrada até é bom para combater o stress.
Logo à nascença, a
criança solta o seu grito de agressividade. O primeiro grito de muitos outros
que se seguirão, sem motivo aparente ou que pelo menos os pais não conseguem
identificar qual o motivo, para além dos gritos de dor e de fome.
Quando se zangam
por coisas mínimas e inexplicáveis, é sinal que estão fazendo um teste aos
próprios pais para ver até onde é que lhes é permitido ir. Não há necessidade
de os pais se irritarem logo após a primeira birra, pois se não se mostrarem
interessados os filhos, em seguida, acabam com a choradeira.
As crianças que são
muito calmas, pacíficas e que nunca demonstraram a mínima irritação em relação
a nada, são crianças apáticas e tristes. O fato de as crianças nunca se
irritarem com nada é sinal que guardam tudo para elas, e que reprimem os seus
sentimentos e mágoas. Estas crianças são muito tristes, pouco ou nada falam e
começam a ter muito medo das coisas e do próprio mundo. Os pais devem
compreender se o filho está com algum problema, ou se é mesmo da personalidade
dele.
Há que perceber que
a agressividade é diferente da violência. A agressividade é um tipo de reação
normal, mas a violência é já característica de uma outra parcela de crianças.
Habitualmente, as
crianças agressivas têm reações de rebeldia, respondem mal e protagonizam
gestos agressivos, mas nunca atingem o patamar da violência. Às crianças
violentas está ligada a explosão repentina de muitas mágoas e episódios que
guardaram para si, e que só agora conseguiram expandir. Isto retrata um tipo de
preocupação e de controlo totalmente distinto da agressividade.
As crianças
agressivas utilizam essa agressividade como forma de se defenderem do que as
rodeia, e não necessariamente porque tenham instintos ou pensamentos violentos.
Por isso, os ataques de berraria e de "reivindicações infantis" não
passam de uma defesa e de um jogo elaborado inconscientemente pelos mais novos,
para testarem a sua importância familiar e os limites daqueles que os rodeiam.
Os pais, ao serem
mais repressivos e menos benevolentes, têm já que estar preparados para as
trocas de palavras menos carinhosas e mais chocantes por parte dos seus filhos.
Deve ser benevolente com ele, mas com determinados limites. A criança tem que
perceber que há alturas nas quais os seus desejos podem ser-lhe concedidos,
embora em outras situações isso não possa suceder. Não lhe explique o motivo
porque a criança não pode fazer alguma coisa de maneira autoritária. Utilize um
caminho informal e de fácil entendimento para ele, alegando sempre coisas boas
para o crescimento dele caso ele não faça o que deseja.
Se julgar que o seu
filho é muito agressivo, fique, a saber, que essa agressividade tem o seu lado
positivo. Expulsa as suas tensões e nervos internos, e essa agressividade é um
dos caminhos para perceber se não há problemas de maior com o seu pequeno
mundo.
Motivo para
preocupação é se a criança for demasiadamente certinha, calma e pacífica. Por
detrás dessa solidão está sempre uma enorme tristeza e mágoa interior.
Acompanhe e tente
perceber todas as reações do seu filho, pois todas elas possuem uma leitura
importante e útil para poder compreendê-lo.
JOGO X FALTA DE
PACIENCIA X AGRESSIVIDADE
Existe uma grande
diferença entre agressividade e falta de paciência; e a primeira tem sido uma
ótima desculpa para justificar a segunda.
Jogar
agressivamente sem duvida é um caminho interessante para a vitória. Mas a
agressividade tem que ser bem usada e tem que ser usada da forma correta. Pense
nisso e veja se não esta confundindo agressividade com falta de paciência.
AGRESSIVIDADE X
DESENVOLVIMENTOS GLANDULARES NO ADOLESCENTE
O psicólogo
Nicholas Allen, da Universidade de Melbourne, Austrália, filmou 137
adolescentes de 11 a 14 anos enquanto eles discutiam com os pais sobre assuntos
"explosivos", tais como a hora de ir para a cama, deveres escolares,
uso do computador, etc. O nível de agressividade demonstrado pelos adolescentes
nessas discussões também foi comparado ao tamanho das amídalas cerebrais (não
confundir com as amídalas palatinas...).
Foi observada uma
correlação entre o tamanho das amídalas e a agressividade do adolescente.
Parece que o
crescimento descompassado das amídalas e do córtex pré-frontal poderia explicar
fases de maior agressividade durante o desenvolvimento e a passagem da
adolescência à vida adulta.
AGRESSIVIDADE E
VIOLENCIA DOMESTICA
Alguns consideram
que o problema acontece devido a uma carência emocional experimentada pela
criança que se sente ferida; outros acreditam que a criança não teve fixados os
seus limites. Perceberam que crianças e adolescentes desvantajados, expostos ao
abandono, morte ou doença dos pais, ou submetidos à intensa ansiedade gerada
pelo ambiente das ruas, podem apresentar conduta agressiva (Fagan & Wexler,
1987).
Quando os pais
ferem-se mutuamente, abandonam as famílias ou ameaçam suicidar-se, a ansiedade
dos filhos é esmagadora. Eles podem desenvolver um padrão crescentemente
agressivo em suas relações familiares, escolares e sociais (Wolff, 1985).
Foi encontrada associação
entre privação emocional na infância agressão física entre os pais, depressão
materna, quebra precoce do vínculo mãe-filho, negligência ou rejeição materna,
número elevado de substitutos maternos, abuso físico e sexual e conduta
violenta em adolescentes (Forchand, 1991; Assis, 1991).
Histórias de abuso
físico e sexual têm sido relatadas por adultos e adolescentes que apresentam
auto-imagem negativa, dificuldades de relacionamento e vazão inapropriada de
impulsos agressivos (Dodge et al., 1991; Gil, 1990; Oates, 1984; Blomhoff et
al., 1990).
BULLYING
Bullying é um
problema universal que atinge quase todas as pessoas, família, escola, trabalho
ou comunidade em um momento ou outro, independentemente da idade, sexo, raça,
religião ou status sócio-econômico.
Bullying não só se
restringe apenas às "escola", a questão do assédio moral é mais amplo
e atinge constantemente toda sociedade do planeta terra, ocasionando graves
problemas de saúde mental e no bem-estar social.
Os efeitos do
bullying podem durar uma vida.
O termo Bullying
compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas,
que ocorrem sem motivação evidente, adotada por um ou mais estudantes contra
outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual
de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o
desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a
intimidação da vítima.
Ações Bullying
Colocar apelidos,
Ofender, Zoar, Gozar, Encarnar, Sacanear, Humilhar, Fazer sofrer, Discriminar,
Excluir, Isolar, Ignorar, Intimidar, Perseguir, Assediar, Aterrorizar,
Amedrontar, Tiranizar, Dominar, Agredir, Bater, Chutar, Empurrar, Ferir,
Roubar, Quebrar pertences e outros.
Medo e
agressividade são aliados na tomada de decisões
As empresas devem
se preocupar com a capacitação emocional de seus empregados. Só assim
conseguirão o comprometimento necessário à incorporação de inovações em favor
da produtividade e competitividade. Agressividade e medo, por exemplo, são
emoções fundamentais na sustentação de processos decisórios.
Segundo o
médico-psiquiatra e especialista em terapia empresarial, Paulo Gaudêncio, nunca
perdemos o medo de errar. “O que precisamos é aprender a mandar no medo para
fazer as mudanças necessárias na vida familiar e nos negócios”, afirmou durante
palestra aos participantes da Oficina ‘Inovação da Gestão Interna’, na
terça-feira (20), dentro da programação da 3ª Semana de Capacitação do Sistema
Sebrae, em Brasília (DF).
Gaudêncio citou a
fadista portuguesa Amália Rodrigues, a melhor no gênero há 50 anos. Indagada
sobre o que sentia ao subir ao palco, respondeu sem titubear: medo. Segundo
Gaudêncio, nossas emoções são nossos principais combustíveis e devemos,
portanto, saber lidar com elas. Se mandarmos no medo, ele nos ajuda a ser
prudentes e corajosos. Se ele nos vence, somos covardes. Se não o temos,
podemos ser irresponsáveis. Tudo é uma questão de equilíbrio.
O mesmo acontece
com a agressividade que, administrada, sustenta a razão. Nos animais, limita o
espaço vital. Nos homens, mais que isso: limita o espaço emocional. A
agressividade, portanto, é uma forma de nos protegermos, de dar limites, em
família ou no trabalho. “Sapo é difícil de ser engolido. Mas, se engolidos com
ajuda de um bom molho, podemos até digeri-los. O que é fácil de ser engolido
são os girinos do dia-a-dia. O problema é que são impossíveis de serem
digeridos”, afirmou.
Segundo Gaudêncio,
engolidores de girinos são poços de mágoa, resultados de ódio reprimido. Por
isso, a importância do diálogo, do feedback nas relações familiares e de trabalho.
E diálogo é saber falar como depoimento e não como acusação. É saber equilibrar
agressividade e afetividade. “O amigo é aquele que fala para e não aquele que
fala de. Agressividade e medo são nossos aliados nos processos de mudanças”,
afirmou.
Serotonina pode
ajudar no controle da agressividade
A serotonina, um
dos principais neurotransmissores do sistema nervoso central, desempenharia um
papel importante no controle de emoções, especialmente a agressividade, de
acordo com um estudo britânico publicado na sexta-feira nos Estados Unidos.
O estudo ajudaria a
esclarecer problemas clínicos como a depressão, as obsessões e a ansiedade, que
se caracterizam por baixos níveis de serotonina.
Os psiquiatras e
neurologistas estabeleceram há tempos uma relação entre a serotonina e o
comportamento social, mas o papel preciso desempenhado por essa molécula na
agressividade é controverso.
Testosterona x
Libido x Agressividade
Testosterona é um
hormônio esteróide produzido, tanto nos Homens quanto nas Mulheres.Nos homens
pelos testículos (os quais também produzem espermatozóides e uma série de
outros hormônios que controlam o desenvolvimento normal e funcionamento), nos
indivíduos do sexo feminino, pelos ovários, e, em pequena quantidade em ambos,
também pelas glândulas supra-renais.
Vale ressaltar que
a síntese da testosterona é estimulada pela ação do LH (hormônio luteinizante),
que por sua vez é produzido pela pituitária anterior (adenohipófise ou
simplesmente hipófise).
A testosterona é
responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas
normais, sendo também importante para a função sexual normal e o desempenho
sexual. Apesar de ser encontrado em ambos o sexo, em média, o organismo de um
adulto do sexo masculino produz cerca de vinte a trinta vezes mais a quantidade
de testosterona que o organismo de um adulto do sexo feminino, tendo assim um
papel determinante na diferenciação dos sexos na espécie humana.
Altas taxas de
testosterona tendem a aumentar o comportamento agressivo. Além disso, estudos
feitos por Richard Udry com adolescentes mostraram que um alto nível do
hormônio aumenta a predisposição a ter relações sexuais. O mesmo acontece com
adultos. Só que entre esses, o maior nível de testosterona costuma acarretar
problemas no casamento.
James Dabbs e Alan
Booth analisaram as relações amorosas de 4.462 militares entre 30 e 40 anos e
perceberam que os homens com testosterona alta eram menos propensos a se casar
e se divorciavam mais facilmente. Além disso, os campeões da testosterona
tinham o dobro de chances de ter relações extraconjugais do que os que
apresentavam níveis mais baixos. Risco e agressividade podem não combinar com a
vida conjugal.
Já num estudo da
Faculdade de Medicina de Yale, cientistas observaram que altos níveis
testosterona, ainda que por períodos curtos de seis a doze horas, causaram
morte em culturas de neurônios.
AGRESSIVIDADE X
TESTOSTERONA X CASTRAÇÃO DE CRIMINOSOS
Diversos estudos
clínicos realizados em Prisões Norte Americanas demonstraram que os seus
detidos mais violentos tinham geralmente doses mais elevadas do hormônio
masculino, a Testosterona que a população comum.
Sabe-se também que
altos níveis deste hormônio no sangue conduzem para além de um aumento de
agressividade a um aumento do espírito de competitividade, assim, uma droga que
reduzisse estes níveis, ou a introdução do hormônio feminino no sistema de um
agressor patológico poderia reduzir a sua propensão natural para a Agressão e
para a Sociopatia… Igual conseqüência teria a castração, física ou química, já
que o dito hormônio é produzido nos testículos. De igual forma, a mesma
castração teria conseqüências na redução em longo prazo dos níveis de Crime nas
Sociedades.
Estes tratamentos
seriam muito mais humanos do que prender alguém durante 20 ou 25 anos e
certamente com muito maior eficácia social e financeira.
PSICANÁLISE E A
AGRESSIVIDADE
As discussões sobre
agressividade enunciaram-se desde o princípio no discernimento freudiano.
Assim, na “Psicoterapia da histeria”, de 1895, essa problemática já se
enunciara, pelo viés da questão da resistência (Freud 1971a), no registro
estritamente clínico. Porém, nas experiências analíticas de Dora (Freud 1971c
[1905]) e do pequeno Hans (Freud 1971d [1909]), a agressividade foi inscrita no
registro do sintoma, sendo então responsável pela produção e pela reprodução
desse.
Subentende-se que a
problemática da agressividade não se formulou num momento tardio do discurso
freudiano, como supõem equivocadamente alguns intérpretes desse discurso, que
formularam que a sua emergência teórica seria correlata à constituição do
conceito de pulsão de morte. Pode-se dizer, ao contrário, que o enunciado desse
conceito, articulado com a questão da agressividade, foi o ponto de chegada de
um longo e tortuoso percurso no pensamento freudiano. Não foi porque Freud
colocava toda a ênfase na sexualidade, no quadro da primeira teoria das pulsões
(Freud 1962 [1905]), que a agressividade não era já um problema para o discurso
freudiano.
É preciso
relembrar, no entanto, que a dita problemática não tinha ainda uma elaboração
teórica autônoma, no contexto do discurso metapsicológico sobre as pulsões.
Vale dizer, o discurso freudiano não enunciou a existência de uma pulsão de
agressão, como realizou Adler (cf. Kauffman 1996), na medida em que a
agressividade foi inscrita na oposição entre as ordens do sexual e da
autoconservação. Mesmo posteriormente, quando Freud inscreveu a autoconservação
no registro do eu – elaboração realizada em 1910, no ensaio “As perturbações
psicogênicas da visão numa perspectiva psicanalítica” (Freud 1973b [1910]), que
culminou no conceito de narcisismo em 1914 (Freud 1973d [1914]) –, a
agressividade continuou a ser ainda concebida nesse contexto metapsicológico.
Ao falarmos de
agressividade em psicanálise, imediatamente nos vem à lembrança, de modo quase
automático, o texto de 1929, Mal-estar na Civilização, no qual Freud reconhece
na agressividade inata do homem o principal fator de ameaça à vida em
sociedade. Contudo, as coisas nem sempre foram assim.
Na realidade, a
agressividade se constituiu como um problema com o qual Freud teve que se
debater durante muito tempo, embora, desde os primeiros momentos, tenha
reconhecido e valorizado a incidência das tendências hostis como algo inerente
à especificidade do tratamento analítico.
Na psicanálise, de
acordo com sua colocação diferenciada dos motivos, despertam-se todas as moções
[do paciente], inclusive as hostis... são aproveitadas para fins de análise,
(1905[1901], p.111).
Unicamente a partir
de 1920, após a formulação da segunda teoria pulsional, a agressividade será
reconhecida como uma pulsão específica, funcionando, desde então, praticamente
como o outro nome dos impulsos da pulsão de morte, cuja finalidade é a
destruição.
Comentários
Postar um comentário