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Mostrando postagens de março, 2011

Lindissimo poema de Vitor Hugo.

O Homem e a Mulher "O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher é o mais sublime dos ideais. Deus fez para o homem um trono; Para a mulher um altar. O trono exalta; o altar santifica. O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor. A luz fecunda; o amor ressuscita. O homem é o gênio; a mulher o anjo. O gênio é imensurável; o anjo indefinível. A aspiração do homem é a suprema glória; A aspiração da mulher, a virtude extrema. A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade. O homem tem a supremacia; a mulher a preferência. A supremacia representa força. A preferência representa o direito. O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas. A razão convence; a lágrima comove. O homem é capaz de todos os heroísmos; A mulher de todos os martírios. O heroísmo enobrece; os martírios sublima. O homem é o código; a mulher o evangelho. O código corrige; o evangelho aperfeiçoa. O homem é o templo; a ...
Difícil é falar da criação, principalmente tratando-se de uma obra tão grandiosa possuidora de distintas dimensões como é o caso de Vidas Secas,  sob o enfoque da relação de poder e autoritarismo existente no seu enredo, bem como a relação com a realidade associada a ficção e o individuo reprimido psicologicamente pelo poder econômico, o status social e intelectual. Essa obra retrata com fidelidade a vida sofrida do nordestino vitimado pela seca e psicologicamente afetado pelo poder e pela indigencia. Uma obra do senhor Graciliano Ramos que é, sem dúvida, uma celebridade na literatura brasileira. A literatura, na sua fenomenalidade é, pois um instrumento que dá vida aos vários gêneros, estéticas, estruturas e estilos que, por sua vez, dão ao criador a possibilidade de encantar o mundo através de sua arte. As idéias aqui expostas não formam um todo acabado, pelo contrário, é apenas uma tentativa de refletir e propor novas formas de abordagem na exploração de uma obra grandio...

Poema em homenagem ao nordestino

“A fome foi tão canina Que, se mais saber tu queres, No pombal duas mulheres Comeram uma menina. Também muito senti eu Quando soube que um vizinho Tinha comido um padrinho De uma égua que mordeu Mais sentiu foi quem morreu, De fome no mato e nu, Cavando raiz de umbu. E olhem como não ficaram Os filhos quando o acharam Comido pelo urubu! (...) Os que para o brejo vão Morrem de epidemia; Sofrem fome todo dia Os que ficam no Sertão. Neste pego de aflição, Vai o Sertão ficar vago! À memória tudo em trago Repassado de tristeza. Ó Deus, que és pai da pobreza, Dai-nos pão, dai-nos afago!” (Nicando Nunes e Bernardo Nogueira p.22)

Explicações sobre dois textos publicados

Um texto que foi publicado sobre Dinamene que foi a namorada de Luiz Vaz de Camões,poeta Português, fala de quando na ocasião de uma viagem a África o navio no qual viajavam Camões e Dinamane naufraga e ele para não perder sua obra magistral que carregava consigo nesse momento deu prioridade a salvar Os Lusíadas a salvar Dinamene sua amada que morreu afogada,então após esse fato ele escreveu esse belíssimo poema. O segundo texto é sobre Os tropeiros da Borborema que presta uma linda homenagem ao nordestino com sua alma nobre e forte que passa tantas provações em virtude de secas entre outras coisas,para tal vai aqui também publicada uns fragmentos de meu artigo que está inclusive publicado no livro: Espaço Interdisciplinar: Literatura, meio ambiente e relações sociais. Editora: Baraúna.

Tropeiros da Borborema

Estala relho marvado Recordar hoje é meu tema Quero é rever os antigos tropeiros da Borborema São tropas de burros que vêm do sertão Trazendo seus fardos de pele e algodão O passo moroso só a fome galopa Pois tudo atropela os passos da tropa O duro chicote cortando seus lombos Os cascos feridos nas pedras aos tompos A sede e a poeira o sol que desaba Rolando caminho que nunca se acaba Estala relho marvado Recordar hoje é meu tema Quero é rever os antigos tropeiros da Borborema Assim caminhavam as tropas cansadas E os bravos tropeiros buscando pousada Nos ranchos e aguadas dos tempos de outrora Saindo mais cedo que a barra da aurora Riqueza da terra que tanto se expande E se hoje se chama de Campina Grande Foi grande por eles que foram os primeiros Ó tropas de burros, ó velhos tropeiros.

Poema que Camões fez para sua mada Dinamene

Alm A minha gentil, que te partiste   Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou.

Belo poema de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é O amor, quando se revela... O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente Cala: parece esquecer Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar

Lindo poema de Florbela Espanca

Versos de Orgulho O mundo quer-me mal porque ninguém Tem asas como eu tenho! Porque Deus Me fez nascer Princesa entre plebeus Numa torre de orgulho e de desdém. Porque o meu Reino fica para além … Porque trago no olhar os vastos céus E os oiros e clarões são todos meus ! Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém ! O mundo ? O que é o mundo, ó meu Amor ? __O jardim dos meus versos todo em flor… A seara dos teus beijos, pão bendito… Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços… __São os teus braços dentro dos meus braços, Via Láctea fechando o Infinito. Florbela Espanca

Poema de Alvares de Azevedo(lindo)

Lembrança de Morrer Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento. Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro, ... Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro; Como o desterro de minh’alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade... é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia. Só levo uma saudade... é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, ó minha mãe, pobre coitada, Que por minha tristeza te definhas! De meu pai... de meus únicos amigos, Pouco - bem poucos... e que não zombavam Quando, em noites de febre endoudecido, Minhas pálidas crenças duvidavam. Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Se um suspiro nos seios ...

Expressoes idiomaticas

O assassino era o escriba Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjugação. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os E.U.A. Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo. Um dia matei-o com um objeto direto na cabeça.                                   Paulo Leminski. Caprichos e relachos.

igualdade de gêneros( homenagem a mulher)

A ficção e a realidade em fusão num protesto pela igualdade de gênero                                                       Uma mulher corajosa, fortaleza do marido, dos filhos e das próprias condições de vida, mas sente-se reprimida, castrada, pois tem sonhos que não consegue realizar e mais uma vez vem à tona aquela sensação de impotência e submissão à vida.                         Sinhá Vitória vê adiado o sonho de possuir uma cama de lastro de couro, igual à de Seu Tomás da Bolandeira. A revolta cresce com a rotina dos afazeres domésticos e daí ressurge das cinzas a guerreira Sinhá Vitória. O seu nome é reflexo d...